Fui convidada juntamente com a Maiana, minha sócia na Oficina
"Soninho Bom” do bebê para conversarmos com a Chris do site Amamentar é.
No desespero para que o
bebê durma recorremos às técnicas disseminadas em livros, que normalmente são
muito rígidas e não levam em consideração as subjetividades de cada família.
Muitas famílias se resolvem
das mais diversas formas. Cama compartilhada, se mudar para o quarto do bebê,
chupeta, mamadeira, dar uma volta de carro, deitar na rede com o bebê… Mas tudo
parece funcionar por um curto prazo de tempo e logo o problema volta.
O que mais chama a atenção
é que a partir de um certo ponto a família não pensa mais em outra coisa, a não
ser que o bebê TEM que dormir senão o mundo acaba. Neste processo obstinado
perde-se a possibilidade de perceber o próprio bebê, suas capacidades,
limitações e por fim atrapalhamos a única coisa que pode realmente trazer a
solução, que é ele próprio se desenvolver fazendo a aquisição de novas
capacidades.
Bebês e crianças não são
maquininhas que funcionam ou não. É imprescindível que mães e pais tenham em
mente que algum nível ( mais alto ou mais baixo ) de privação de sono ocorrerá
quando o bebê chegar da Maternidade e mesmo mais tarde em fases de grandes
mudanças e acontecimentos. Não tem jeito!
No início de nossas vidas
precisamos ficar muito (MUITO! ) perto do corpo materno (e quando este não está
disponível, de algum corpo humano ); não nascemos capazes de fazer longos
ciclos de sono; e por último nós mamíferos mamamos à noite, horário, aliás, em
que a descida do leite se faz ainda mais eficiente. Isso tudo faz parte da
natureza humana.
Nessa conversa veja o
quanto não nos damos conta do processo de desenvolvimento e amadurecimento dos
nossos bebês. Uma das coisas mais importantes dita nesse bate papo é: observe o
seu bebê.
O cuidado de uma mãe é
adaptativo, ou seja ele deve naturalmente/espontaneamente se adaptar às necessidades
do bebê, e estas mudam o tempo todo e rapidamente.
Um bebê de semanas não é
igual a um de 2 meses, que não se iguala a um de 5, nem ao de um ano. E assim
segue pela vida.
Texto: Chris Nicklas
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